A verdade dói

É muito comum ouvirmos ou até mesmo nós, expressarmos a famosa frase: “A verdade dói”. E, convenhamos que, sabidamente também, esta é mesmo uma grande verdade. Com isso, entendamos que a nossa verdade, quando mal expressa, pode ferir os outros.

Sobretudo, entendamos que sempre existe a nossa verdade e a verdade do outro. Podem ser diferentes, mas são “verdades” para cada um. Assim, tenhamos cuidado ao dizer a nossa, procurando compreender sem querer impô-la.

Se sabemos que nossa verdade vai contrariar alguém, a digamos sem ofender, para evitarmos o risco de perdermos a razão.

Não causemos aborrecimentos desnecessários e nem estabeleçamos um clima de guerra. Em muitos casos, talvez seja melhor nos calarmos, pois, também é verdade que em muitas situações o silêncio é o melhor discurso.

Porém, se a nossa manifestação for inevitável, saibamos que a verdade dita com amor, esclarece e acalma. Mas, para isso, precisamos estar receptivos, com o coração aberto e escolhendo bem as palavras para melhor nos expressarmos.

Usemos de moderação, pois, como já foi dito, não podemos nos esquecer que o outro também tem suas razões e merece, no mínimo, ser ouvido com atenção e respeito. Saber ouvir não significa concordar. Sejamos complacentes.

Neste dia, reflitamos no que pode ser também uma grande e lucrativa verdade: “a intensidade do amor que deixarmos transparecer em nós, poderá convencer mais do que a verdade que dissermos”.

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Direito à verdade e à liberdade

Toda pessoa humana tem os mesmos direitos à verdade e à liberdade; mas não são objetos de liberdade e nem de direito o erro, o mal, a desordem e nem a anarquia.

Consequentemente a pessoa humana poderá fazer uso de sua liberdade para o seu próprio bem; mas nunca, e sob qualquer hipótese, para prejudicar o seu próximo ou acarretar-lhe algum mal.

Nós não devemos pensar que a nossa liberdade estará limitada quando alguma coisa nos for imposta, seja na ordem intelectual ou da vontade, dos costumes ou da vida, da crença ou do afeto.

Muito pelo contrário, nos submetendo a alguma imposição, voluntária e conscientemente, nossa vontade e personalidade se aperfeiçoarão, amadurecendo nossa conduta e consolidando a possibilidade de alcance dos nossos objetivos. É a experiência a nosso serviço.

A liberdade do intelecto consiste em ser escravo da verdade, e a liberdade da vontade consiste em ser escravo da virtude. E o ato de liberdade mais sublime é conseguir a perfeita sincronia entre a nossa liberdade de escolhas dos interesses pessoais com a vontade e os desígnios do nosso Criador.

Meditemos um pouquinho, neste dia, sobre como vemos e estamos usando a nossa liberdade e, se ela está sendo utilizada visando somente o nosso bem, ou também o bem de todos que conosco convivem.

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Examinar, atender, refletir e apreciar a verdade

Ante a exposição da verdade, não nos esquivemos à atenção meditativa sobre as luzes que dela recebemos.

Quem olha o céu de relance, sem contemplá-lo, não percebe o poder do sol durante o dia e nem enxerga a beleza das estrelas durante a noite. E quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutaremos a palavra inspirada dos entusiasmados e ardentes pregadores, se não abrirmos o coração para que o nosso sentimento possa se mergulhar na claridade bendita da verdade. 

Inúmeros seguidores de crenças religiosas e do próprio Evangelho, se queixam da incapacidade de compreensão dos ensinos das Boas Novas, e isto porque não dispensam maior e melhor trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo no cultivo da distração e da leviandade.

Quando a nossa câmara interior permanece sombria, somente nós podemos desatar o ferrolho da janela do nosso coração para que o sol possa nos visitar.

Portanto, a prudência nos pede que dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

Paulo, o Apóstolo dos gentios foi, e é claro na sua observação: “Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo”. E considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar a verdade.

Que tenhamos um excelente dia, reforçando nossa convicção de que, observando os Códigos da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

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É melhor a Verdade doída do que a enganosa Mentira

A verdade e a mentira são antagonistas por natureza.

A mentira costuma ser mais bonita, sempre soa melhor aos nossos ouvidos, é mais atraente e mais lisonjeira. Se alguém diz que somos bons, simpáticos, inteligentes e coisas semelhantes, certamente nos sentiremos lisonjeados e envaidecidos. Mas será que esses elogios são mesmo verdadeiros?

Será que tais atributos, mesmo com alguma sombra de verdade, nos farão bem e contribuirão para o nosso necessário aperfeiçoamento ao aguçar a nossa vaidade? Os elogios, especialmente os falsos, são obstáculos ao nosso crescimento interior, pois chegaremos a crer que o que está sendo dito é verdadeiro e já não nos esforçaremos tanto para melhorarmos.

Porém, quando nos dizem a verdade sobre nossas deficiências, é comum a difícil aceitação. A Verdade soa sempre desagradável, pouco cativante, amarga e, não raro, e até humilhante, principalmente, quando vinda de alguém muito próximo que está apenas cumprindo seu dever de nos alertar, de nos ajudar.

Seja como for, passado o momento do choque desagradável, se nos pusermos a pensar com humildade, perceberemos que é muito vantajoso constatarmos o quanto nos falta para nos aperfeiçoarmos, pois, conhecendo como realmente somos é que saberemos como nos melhorarmos.

Todos nós conhecemos o dito popular: “A verdade dói”, não é mesmo? Porém, será sempre melhor procurarmos ser mais inteligentes não valorizando a beleza da mentira ou o conforto da adulação, e sim, nos fixarmos nos austeros, mas inegáveis benefícios da verdade, mesmo à custa de alguma dor no nosso ego.

É bom termos em mente, neste dia, uma saudável máxima: “A Mentira nos prende e engana, a Verdade nos salva e liberta”. Sejamos práticos então: é melhor a Verdade doída do que a enganosa Mentira, simples assim!

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