O grande número de pessoas que buscam avidamente a sorte nas loterias, é uma pequena amostra da intensa procura que o homem desencadeia para conseguir a tão sonhada felicidade.
Predomina no mundo a ideia de que o dinheiro é o caminho mais curto para consegui-la. Tem-se como certo, que para ser feliz, basta a aquisição de bens materiais, a obtenção de facilidades e comodidades na vida e a conquista, quase sempre falsa, de um grande poder sobre os nossos semelhantes.
Quanto engano!
O dinheiro, embora afaste a miséria e elimine a maioria das necessidades materiais, na maioria das vezes, atrai males terríveis, que prejudicam a alma, fazendo nascer o orgulho, a soberba e a ganância. Em consequência desses males denigre-se o caráter e cega-se a alma.
É preciso entender o que seja a felicidade. Ela não é um raio que risca os céus de repente, caindo no nosso colo como num passe de mágica. Não! Ela é resultado de constante ação, de conquista diária. É uma semente que nasce e se desenvolve quando temos disposição para seguirmos o caminho do bem, determinação para superarmos as dificuldades e empenho na busca incessante pela paz.
Sempre que damos as mãos a alguém, lhe ofertando incentivos e oportunidades, sempre que perdoamos o nosso próximo, quando refreiamos nossas más tendências e agasalhamos esperanças na nossa alma, estamos, mesmo sem perceber, trabalhando a nossa felicidade.
Perceberemos que ela é aquela semente que já está dentro de nós e que precisa apenas ser regada, despertada. Ela é o produto e a natural consequência das nossas boas obras na prática constante do bem. Esse é o caminho.
De forma especial, neste dia, não nos esqueçamos de que a felicidade, aflorada do nosso íntimo, contraria a lógica da matemática, pois, ela é sempre multiplicada quando a dividimos com aqueles que nos rodeiam.