A Religião do Amor

– Qual é a sua religião?

Perguntou o visitante, inesperado, do outro lado do portão.

– Minha religião é o amor – respondeu a senhora que o atendera – E a sua?

Ele silenciou por um instante, surpreso com a resposta, perguntando:

– Posso deixar um folheto com a senhora? Nele poderá ler que só Jesus nos liberta dos nossos pecados, e se arrependendo deles, estaremos salvos, pois Jesus é o caminho…

– Sim, Ele é o caminho – tornou a senhora, calmamente. – Entretanto, o senhor acredita mesmo que basta nos arrepender para que os nossos pecados, que na verdade são erros, sejam apagados?

– Com certeza, – respondeu ele – se nos arrependermos e aceitarmos Jesus como nosso Salvador.

– Mas o senhor não acha que é muito fácil? Então cometo todo tipo de delitos e basta me arrepender para que seja liberada deles, que sejam apagados como se nunca os houvesse cometido?

– Bem – respondeu o visitante – se Jesus disse, assim deve ser!

– Jesus pode ter dito – retrucou a senhora – mas a interpretação que deram a este fato pode estar equivocada. Nós nos libertamos das nossas mazelas morais e espirituais à medida em que nos esforçamos para isso. Esta é a religião que Cristo pregou: o amor.

E o visitante, pensativo e sem resposta, despediu-se, e se foi.

Que tal meditarmos alguns minutos sobre este tema, neste dia?

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Segunda oportunidade.

Todos nós temos o nosso próprio “brio”, nos amamos e tentamos manter a nossa autoestima em elevado nível. Mas, deixar de estar com quem se ama, deixar de fazer o que se gosta, por causa de um orgulho ferido, é se ferir ainda mais.

Quebremos esse orgulho que só machuca e, de pronto, analisemos os fatos à luz da razão. Quem sabe nosso sentimento esteja equivocado e estamos exagerando no julgamento! Não seria a hora do justo perdão, por uma atitude talvez impensada?

O perdão é algo que nos faz enxergar a vida e as pessoas com mais amor. Contudo, tenhamos em mente que o pedido de perdão não se justifica, se não estiver baseado na humildade do arrependimento verdadeiramente sincero.

E é bom nos lembrarmos de que o arrependimento e o pedido de perdão feito somente por medo do castigo, e não pelo sincero reconhecimento do mal que causou, não tem qualquer valor, mesmo se alcançado. É, antes, uma desonestidade conosco mesmos e com quem perdoa.

Se alguém nos machucou, feriu nossos sentimentos, é natural que sintamos mágoa e até revolta. Mas, ao analisarmos as circunstâncias, talvez percebamos que o amor dentro de nós é maior, e o perdão é sim, possível e bom.

Também é bom nos lembrarmos de que, nem sempre erramos porque queremos. Os equívocos, atitudes e palavras impensadas, muitas vezes, são da “boca pra fora”, em função do momento e, portanto, sem o real desejo de ferir.

Além do mais, nos lembremos também, quem se arrepende sinceramente, merece uma, duas ou até mais chances. E, por acaso, nunca pedimos a alguém, ou mesmo a Deus uma segunda oportunidade, pelo menos?

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